Há cerca de um século fomos brindados com um novo prisma para pensar de forma mais complexa os fenômenos sociais. Nós, humanos, não somos nem propriamente animais nem propriamente racionais: cada vez mais fazemos o luto dos ideais de racionalidade e consciência sobre os quais a modernidade colocou sua luz. Se o sujeito consciente e racional não está mais no centro da cena e não é ele que age a cada vez que debatemos, votamos, amamos, como repensar os pactos sociais? Como limitar nossos impulsos destrutivos? Freud, com os conceitos de inconsciente, identificação e pulsão, traz um enquadre mais complexo para estudar o velho dilema indivíduo x sociedade. Neste semestre, iremos trabalhar, com o apoio de Lacan e autores contemporâneos, os chamados “textos sociais” de Freud: Totem e Tabu, Psicologia das massas, O futuro de uma ilusão, O mal-estar na civilização, além de “Por que a guerra?”, sua troca com Einstein, e as Novas Conferências Introdutórias da Psicanálise.
Serão 3 meses, duas aulas por semana, liberadas sempre às segundas e quartas-feiras às 20h, inscrições até 21 de março, totalizando 20 aulas.
O curso é indicado para iniciantes ou iniciados em psicanálise.
É psicanalista, pesquisadora do núcleo Diversitas da USP e professora da FAAP, com pós-graduação no Collège International de Philosophie / Universidade de Paris 8 e na FFLCH-USP. Trata de modo compreensível conceitos de psicanálise e humanidades em sua clínica ou nas redes sociais. Seu canal do Youtube tem mais de 200 mil inscritos enquanto seu perfil no Instagram é seguido por mais de 240 mil pessoas. É chamada para debates sobre o amor em lives e programas de TV ou rádios. Escreve livros, concede entrevistas e dá cursos sobre psicanálise, cultura, sexualidade, relações, subjetividades, contemporâneo.
Se o sujeito consciente e racional não está mais no centro da cena e não é ele que age a cada vez que debatemos, votamos, amamos, como repensar os pactos sociais? Como limitar nossos impulsos destrutivos?
Há um século duas das mais brilhantes mentes do século 20 buscavam delinear caminhos para que a humanidade construísse a paz, e não se deixasse seduzir pela guerra. Quais suas propostas? O que fizemos desde então?
O desejo de se misturar com o outro é a base do apaixonamento e também da loucura, além de ser o substrato da massa e da religião. Religar-se com o absoluto, com o desconhecido, com o objeto do amor. Como permanecer sendo um indivíduo com singularidade e autonomia?
O desejo de se confundir com o outro e permanecer na célula narcísica acaba por ser confrontado com a Lei. O contorno, o limite, a interdição são a base da cultura. No entanto, algo em nós resiste e nos coloca na posição de ambivalência.
A frustração, a privação e a castração são as figuras centrais da falta. Diante do limite e do que vivemos como impotência, o Eu busca permanecer na onipotência e na magia. Como então se relacionar com a realidade?
Para além de figuras concretas de pai e mãe, ao longo do tempo a psicanálise, sobretudo lacaniana, desenvolveu o conceito de função. Quem exerce a função paterna e como ela está na base do complexo de Édipo? Em que medida a travessia edípica nos ajuda a compreender a estrutura do clã?
Matar o pai: desejo fundante da cultura ou interdição para sempre inexpugnável? Esse um dos debates centrais da civilização e que fundamenta os agrupamentos humanos originários e suas dinâmicas de rivalidade e cooperação.
O estado da paixão se une com a estrutura da hipnose: como isso se dá? Freud descobre nos jogos da massa o coração da projeção dos Ideais egoicos sobre o objeto e o líder. Lacan avança a discussão com o conceito de Sujeito Suposto Saber e a transferência.
A energia psíquica perpassa o corpo e a psique. Como a libido circula no interior dos agrupamentos humanos e serve de argamassa para as várias camadas de seus mecanismos identificatórios?
A matemática nos diz que para se definir um conjunto é necessário “ao menos um” elemento exterior a ele. Em que medida isso se aplicaria aos coletivos humanos? Aqui os conceitos de ideal e anti-ideal irão conduzir a discussão.
Para além de Freud, Lacan e Winnicott, a psicanálise trabalha com as contribuições de Bion e sua propostas das premissas inconscientes que irão delinear três vetores basais na constituição dos grupos.
A religião é uma das mais complexas formações subjetivas da história humana. Qual a leitura freudiana desse fenômeno? O que os pós-freudianos teriam a acrescentar a essa teorização?
O estádio do espelho proposto pro Lacan nos ajuda a desenhar o conceito de Imaginário que, fazendo liga com o Real e o Simbólico, estrutura o campo da cultura e do incognoscível. Como dar conta do sonho humano de justamente alcançar o inalcançável e conhecer o que não nos é dado compreender?
Se o texto freudiano sobre a religião tinha por título “O futuro de uma ilusão”, esta aula irá debater a relevância da religião neste início do século 21. Como a função paterna e as estruturas obsessivas de manutenção do Pai todo-poderoso orientam nosso viver hoje?
A chamada segunda tópica freudiana vem lançar uma nova luz para a leitura dos fenômenos psicossociais e a dialética entre forças construtivas e destrutivas em nosso interior e no fazer das massas. Seria possível construir uma base entre esses dois polos?
Apesar de específicos e com mecanismos singulares de funcionamento, as instituições criadas pelos humanos ao longo da história seguem estruturas que podem guardar elementos comuns. Quais seriam eles e como compreendê-los nos ajuda a sobreviver hoje?
Em um de seus textos finais, Freud matura a distinção entre Cultura e Civilização e complexifica seu próprio pensamento. Em que medida a cultura trabalha e, afinal, teria chances de sobreviver?
É professora titular no Departamento de Antropologia da USP, Global scholar na Universidade de Princeton (EUA) e curadora adjunta do Masp. Seu livro As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos ganhou o prêmio Jabuti de Livro do Ano, em 1999. Dirigiu a coleção História do Brasil Nação em seis volumes, (Objetiva/ Fundação Mapfre), sendo três deles indicados para o Jabuti.
O que é perda? Como podemos lidar com os processos, estágios e elaboração do luto? Neste curso iremos juntos promover um debate sobre as diferenças que existem entre luto e a melancolia, seu lugar social e suas relações com amor, morte, pandemia e contemporâneo.
Inscrições Abertas
só até segunda (dia 21/03)!
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Todas as aulas ocorrerão nas segundas e quartas-feiras, a partir das 20h. A primeira aula acontece no dia 07/03. Não tem problema nenhum se não for possível ver alguma aula ao vivo. Todas ficarão gravadas para você ver quando quiser.
As vídeo-aulas poderão ser vistas e revistas quantas vezes você quiser por um período de 12 meses.
Sim, todos os participantes que quiserem receberão o certificado.
Você pode realizar o pagamento com boleto, cartão de crédito ou pix.
Sim. Na página onde você coloca seus dados de pagamento basta trocar a bandeira do país onde foi emitido seu cartão, no alto, à direita. Se seu cartão foi emitido no Brasil, a bandeira do Brasil já estará lá. Mas se foi emitido nos EUA, por exemplo, troque pela bandeira dos EUA.
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